Engenharia do Cinema
Produção consegue tirar uma ótima lição materna
20th Century Studios/Divulgação
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Em sua busca por conquistar seu primeiro reconhecimento oficial pela Academia, Amy Adams tem se envolvido em projetos inusitados e diferentes. "Canina" facilmente entra nesta vertente, mas não estamos falando de um projeto que poderia figurar nas premiações, embora ela tenha conseguido ser indicada ao Globo de Ouro de atriz em comédia/musical, mas de uma obra que reflete os sentimentos maternos.
Baseado no livro de Rachel Yoder, acompanhamos a rotina cansativa e linear de uma mãe (Adams), que literalmente vive em função de seu filho pequeno. As coisas começam a andar ainda mais fora dos trilhos, quando ela descobre que está, aos poucos, se tornando um cachorro.
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Mesmo que a ideia da produção seja interessante e traga uma reflexão de até quando um casal deve ser companheiro com a chegada de seu primeiro filho, a premissa remete e bastante ao longa "Tully" (realizado pelo cineasta Jason Reitman).
Perceptivelmente Adams entrou de cabeça para o papel, pois além de engordar, e muito, para interpretar a protagonista, desde sua primeira cena é nítido o quão ela está cansada de sua rotina.
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Só que os problemas na narrativa de Marielle Heller, responsáveis pela direção e roteiro, começam quando existem algumas inserções forçadas como os arcos envolvendo o marido de Adams (Scoot McNairy). Mesmo que seu personagem seja do "marido que não liga para nada", parecia que o ator estava em outro tipo de filme.
"Canina" é mais uma interessante produção estrelada por Amy Adams, e trás com naturalidade as consequências dos primeiros períodos da maternidade.
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