Engenharia do Cinema

'Amigos Imaginários' consegue tirar as reações mais sensíveis das crianças e dos adultos

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John Krasinski é um nome que devemos cada vez mais ficar de olho. Conhecido por interpretar o personagem Jim, na série "The Office", ele começou a exercer a função de diretor e roteirista com a franquia de terror "Um Lugar Silencioso", onde mostrou seu talento atrás das câmeras. No meio desta franquia, com um cenário mundial de pandemia nascendo, ele teve a ideia de criar um programa no Youtube rotulado "Some Good News" ("Apenas Boas Notícias", em tradução literal), cujo apelo além de ser o público adulto, tinha o foco infantil também. O intuito era mostrar e comentar coisas positivas e alegres, em meio ao caos que havia no mundo.

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Em "Amigos Imaginários", Krasinski realiza exatamente a mesma coisa que apresentava em seu programa: um retrato otimista e emocionante, sobre como devemos valorizar as pequenas atitudes e um cenário delicado e sem um rumo certo. Diante desta premissa, até o adulto mais ranzinza pode ter lágrimas escorrendo em seu rosto.

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Após o falecimento de sua mãe, a jovem Bea (Cailey Fleming) passa a morar com a sua avó (Fiona Shaw), enquanto seu pai (Krasinski) passa por um procedimento médico. Neste cenário de incertezas, ela acaba conhecendo o misterioso Cal (Ryan Reynolds) e a mostra um universo paralelo de amigos imaginários.

Se a Disney fosse inteligente, teria convocado Krasinski para roteirizar suas animações, pois o prólogo deste longa tem todas as fórmulas de proximidade de narrativa com seu espectador, aos moldes da casa do Mickey em sua era de ouro. Quando o personagem de Reynolds entra em cena, já no segundo ato, estamos tão mergulhados naquele cenário e já compramos quaisquer situações que serão apresentadas.

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Misturando personagens em live-action com CGI (cuja qualidade foi muito bem executada), o entrosamento deles com Reynolds e Fleming funciona. Com cada um representando um tipo de sentimento e desejo interior, eles são uma válvula de pensamento para nós mesmos, durante nossa evolução como seres humanos.

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Há um tratamento com os coadjuvantes que nos faz refletir como o ser humano deve parar e pensar em valorizar aquelas pequenas coisas na vida, pelas quais são inseridas nos arcos dos personagens Blue (no Brasil dublado por Murilo Benício e Steve Carrell no original) e Blossom (por aqui com a voz de Giovanna Antonelli e nos EUA com Phoebe Waller-Bridge).

"Amigos Imaginários" é uma emocionante fábula, que serve como reflexão não apenas para as crianças, mas sim para os adultos.

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