Engenharia do Cinema

'Alien: Romulus' é mais um legado respeitado pelo Mickey

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Inicialmente previsto para ser lançado direto no streaming do Disney+, "Alien: Romulus" é mais um resgate de uma popular franquia da Fox pela casa do Mickey. Após a reação positiva em exibições testes, os executivos bateram o martelo e resolveram direcionar o filme para os cinemas. 

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Até o presente momento o sucesso da decisão vem sendo comprovado, pois custou US$ 80 milhões e já passou dos US$ 140 milhões nas bilheterias mundiais (algo difícil para um longa com censura 18 anos, na maioria dos mercados). 

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Após um grupo de jovens resolverem invadir uma estação espacial abandonada para roubar combustível e seguir viagem para outro planeta, eles se deparam com uma forma de vida totalmente letal.

Os roteiristas Fede Alvarez (que também assina a direção) e Rodo Sayagues, perceptivelmente eram fãs dos dois primeiros filmes da franquia, que foram concebidos por Ridley Scott e James Cameron. Com várias homenagens e citações aos acontecimentos destes, há aqui um notório respeito com uma virada de chave. 

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Ao contrário de "Prometheus" e "Alien Covenant", que aconteceram antes do original, Alvarez se preocupa em mergulhar no que já estava estabelecido neste e responder algumas algumas perguntas deixadas pelo clássico de 79. Só que o crucial foi abrir novas possibilidades ao apresentar personagens que futuramente poderão ter desafios maiores.

Mesmo com Cailee Spaeny ("Guerra Civil") não possuindo o mesmo porte de Sigourney Weaver, e seja fraca na atuação, há uma veia nela para este tipo de narrativa. Porém, a sua colega de cena, a atriz Isabela Merced (intérprete de Kay), se encaixaria melhor na função de protagonista. 

Com relação aos outros personagens, em momento algum criamos afeição por eles ou torcemos para que tenham um desfecho alegre. Uma vez que já sabemos o que exatamente irá acontecer com a grande maioria, embora o roteiro chegue a surpreender em algumas decisões.

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Os desafios pelos quais os personagens passam são conduzidos por Alvarez como se fossem uma espécie de videogame (vale citar que ele se inspirou totalmente na narrativa do jogo "Alien: Isolation"), e há uma imersão na maioria deles, por conta da abordagem. Acompanhados de muito sangue e escatologia, eles são uma cereja no bolo e funcionam por conta destes fatores, ao invés do habitual suspense.

Nestes cenários os efeitos visuais são verdadeiros 8/80, pois de um lado temos uma nave, universo e criaturas totalmente realistas, já no outro há o retorno do finado ator Ian Holm ao papel do ciborgue Ash, cuja caracterização  computadorizada ficou tão estranha quanto o bigode do Henry Cavill, e sua voz parece estar saindo de um toca-fitas. 

"Alien Romulus" é um divertido resgate da narrativa original da franquia, pelos quais mostram que a Disney ainda nutre um respeito pela própria.

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