Engenharia do Cinema
Produção consegue ser melhor que outros indicados
20th Century Studios/Divulgação
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Jesse Eisenberg sempre foi conhecido por escolher personagens tímidos e nerds, vide "A Rede Social", onde interpretou ninguém menos que o próprio Mark Zuckeberg. Só que nos últimos anos ele resolveu investir na sua carreira atrás das câmeras.
Depois de uma estreia tímida como diretor e roteirista em "Quando Você Terminar de Salvar o Mundo", seu segundo longa "A Verdadeira Dor" não só conquistou o público, como também os votantes do Oscar, que o colocaram nas categorias de roteiro original e ator coadjuvante para Kieran Culkin ("Succession").
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A história é centrada nos primos Benji Kaplan (Culkin) e David Kaplan (Eisenberg), que seguem o último desejo de sua falecida avó e aceitam uma viagem até a polônia para conhecer os locais onde ela cresceu. Com personalidades distintas, eles não só passam a conhecer mais sobre sua família, como a relação entre eles.
Se por um lado Eisenberg sempre está em sua zona de conforto diante das câmeras (e aqui isso não muda), ele deixa para Culkin o comando do show. Além de roubar a cena, e entregar uma performance bastante natural, ele encanta o espectador já nos primeiros minutos do longa.
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Como uma sátira aos ativistas de iPhone da esquerda (que sequer entendem a realidade), seus discursos são hilários em boa parte da narrativa.
Só pela naturalidade que ele transita entre o drama e a comédia, já é o suficiente para lhe entregar o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Ao mesmo tempo, temos como plano de fundo abordando algumas temáticas delicadas, como a sequência envolvendo a câmara de gás. Nessas horas vemos o quão Eisenberg é profissional em transparecer respeito durante toda a sequência.
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A começar que ele opta por deixar a acústica apenas do ambiente, onde os diálogos dos turistas e os sons do ambiente são as únicas coisas a serem ouvidas.
E chega a ser inusitado ver alguns minutos antes, o hilário arco onde David e Benji resolvem entrar "sem pagar" em um trem. São dosagens que pesam no resultado final da produção.
"A Verdadeira Dor" não é apenas mais uma divertida comédia que marcou presença no Oscar, como mostra que a Academia não poderia ter deixado ele fora da categoria principal.
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