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Curta-documentário relembra incêndio da Vila Socó

"Uma Tragédia Anunciada", uma produção do diretor cubatense Diego Moura, será lançado na terça-feira (25), às 19 horas, no Novo Anilinas

Publicado em 21/02/2014 às 12:55

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No exato dia em que o mundo ficou sabendo da maior tragédia da história de Cubatão, há 30 anos, o Cine Roxy do Novo Anilinas sediará o lançamento de um curta-documentário que relembra os detalhes deste triste evento.
 
Dirigido pelo jovem diretor cubatense Diego Moura, com produção da 60Filmes, Anima Produções e PontoHum, "Uma Tragédia Anunciada" será apresentado em sessão pública na terça-feira (25), a partir das 19 horas.
 
Com entrevistas de ex-moradores e especialistas, entremeadas por imagens de arquivo, o documentário volta à época da tragédia que vitimou dezenas de moradores da favela de Vila Socó, na madrugada de 24 para 25 de fevereiro de 1984. "Essa história não pode ser esquecida e deve servir de exemplo para cada vez mais consolidarmos o desenvolvimento com sustentabilidade", declarou a prefeita Marcia Rosa, que parabenizou os organizadores do curta pela iniciativa.
 
Após a exibição do documentário, haverá debate com os seus realizadores, autoridades e lideranças comunitárias, mediado pelo jornalista Manuel Alves Fernandes, um dos repórteres que cobriram a tragédia desde seus primeiros momentos.
 
O incêndio na Vila Socó, extinto bairro de Cubatão, aconteceu em 23 de fevereiro de 1984 (Foto: Divulgação/Prefeitura de Cubatão)
 
O evento encerra a programação oficial de eventos realizada pela Prefeitura de Cubatão e Sociedade de Melhoramentos da Vila São José em homenagem aos 30 anos do desastre.
 
Tragédia
Desde o dia 23 de fevereiro de 1984, os moradores da favela Vila Socó começavam a se queixar do forte cheiro de gasolina que emanava do mangue. Porém, os responsáveis pelos dutos que por ali passaram entenderam que seria apenas mais um cheiro que saía dessas águas, conforme reportagens da época.
 
A esse erro, somaram-se outros, como erros de sincronização e excesso de pressão do sistema de bombeamento de combustível e falta de manutenção da rede de tubos. O resultado não poderia ser mais trágico: na madrugada de 24 para o dia 25, o duto A-S estourou e o fogo resultante do vazamento de 700 mil litros de gasolina consumiu a favela, então com quase 6.000 moradores.
 
Oficialmente, o número de mortos é 93, segundo as autoridades estaduais da época. Muitos dos sobreviventes, no entanto, discordam disso, já que diversas vítimas desapareceram calcinados, em cenas que jamais serão esquecidas por quem as viu.
 
A favela deu lugar ao núcleo residencial da Vila São José; a Petrobrás indenizou as vítimas e construiu cerca de 400 novas casas. Outros sobreviventes foram transferidos para a Vila Natal. Atualmente, o local da tragédia possui todas as especificações de segurança internacionais, e Cubatão mantém um dos mais bem elaborados planos de Defesa Civil do País.
 
Em 2011, a Prefeita Marcia Rosa inaugurou na Vila São José a primeira Praça da Cidadania da cidade, com uma ampla estrutura esportiva e de lazer, atraindo milhares de pessoas anualmente.
 

 

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