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Prefeito expulsa moradores de rua e diz que não deixará 'cidade virar um lixo'

No vídeo, o prefeito afirma que, na quinta-feira (15), mandou fazer seis viagens transportando os sem-teto

Folhapress

Publicado em 16/07/2021 às 22:06

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O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PTB). / Reprodução/Redes Sociais

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O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi (PTB), no interior de São Paulo, afirmou que não deixará o município "virar um lixo" ao justificar a medida de remover moradores de rua do centro da cidade, em carros da prefeitura. O destino, segundo a prefeitura, seria para cidades de origem das pessoas - não foram confirmadas quais seriam elas nem quantos atingidos. Um dos grupos buscou a polícia após afirmar ter sido levado à força para outro município.

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"Eu vou mostrar como se governa uma cidade. Fiquem bravo comigo. Podem ficar, mas agora tem prefeito nessa cidade", disse Brischi, em um vídeo gravado por ele e publicado em redes sociais.

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No vídeo, o prefeito afirma que, na quinta-feira (15), mandou fazer seis viagens transportando os sem-teto. Citou as cidades de Rio das Pedras, Bauru, Campinas, São Paulo e Orquídeas. Disse ainda que nesta sexta (16) haveria mais duas viagens -para Itararé e São Rafael.

"Preciso cuidar da minha cidade. Pessoas do bem me ajudem! Me apoiem! Tem muita gente metendo o lôco (sic) no Edivaldo. O lôco (sic) no prefeito. Só que eu não aguento mais essa situação. Eu não posso ver minha cidade virar um lixo", disse o prefeito.

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Apesar de dizer que o destino dos sem-teto seria a cidade de origem, um grupo (seis homens e duas mulheres) registrou queixa na Polícia Civil de Boituva, a 85 km de Monte Mor. Segundo o registro, eles afirmaram que foram levados para a cidade contra a vontade deles.

"Eles disseram que foram colocados numa van e trazidos para cá, sem o consentimento deles. Na verdade, eles disseram que nem sabiam para onde estavam sendo levados", afirmou o delegado em Boituva, Emerson Martins.

O grupo foi encaminhado para o serviço de assistência do município. Um inquérito foi aberto para apurar a prática do crime de constrangimento ilegal. O caso ainda pode ser denunciado ao Ministério Público.

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