Brasil

Lula afirma: 'Nem o centrão vai conseguir salvar o Bolsonaro'

Ex-presidente costura apoios com partidos da base de Bolsonaro em visita ao Nordeste

Folhapress

Publicado em 20/08/2021 às 20:49

Atualizado em 22/08/2021 às 19:12

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Lula faz viagem ao Nordeste em busca do fortalecimento de sua candidatura ao Planalto / Divulgação

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O ex-presidente Lula (PT) afirmou na manhã desta sexta-feira (20), em São Luís, que nem o centrão vai conseguir salvar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022.

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Para o petista, que faz giro pelo Nordeste em busca do fortalecimento de sua candidatura ao Planalto, boa parte dos aliados de Bolsonaro vai pular do barco até junho do próximo ano.

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"Nem o centrão vai conseguir salvar o Bolsonaro. Ele é ingovernável. Ele não é razoável do ponto de vista psicológico. Ele é muito difícil. Ele não respeita as pessoas que conversam com ele, não se dirige a ninguém", respondeu em entrevista coletiva concedida ao lado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).

Ao dizer que está conversando com todo o mundo, Lula declarou que os partidos do centrão não são ideológicos e só pensam eleitoralmente.

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"Qualquer partido do centrão vai querer saber o seguinte: quem é que vai dar voto para mim no meu estado e na minha cidade? E ele vai optar por aquelas pessoas [que darão voto] como optaram por Bolsonaro em 2018", disse.

Nas previsões do ex-presidente, em meados de junho de 2022, será possível ver quantos partidos estarão apoiando o presidente, levando em conta a desorganização que se instaurou no país, com a destruição da democracia e defasagens sociais.

"Você vai ver quantos pularam do barco em alto mar para tentar se salvar."

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O ex-presidente ressaltou que não existem dois extremos disputando as eleições do Brasil, mas destacou que há sim uma polarização entre o fascismo e a democracia.

"Quem gosta de democracia vem para o lado daqui e quem quiser ser fascista se juntará ao lado de lá."

Em meio ao crescimento nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente afirmou que não está fazendo alianças com partidos de esquerda ou de direita. Disse estar interessado nas demandas sociais de cada um deles.

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Lula tem tido recorrentes conversas com partidos da base de apoio de Bolsonaro, enfatizando que o contato é para saber o posicionamento de cada um em relação ao cenário atual do país.

Sobre um possível apoio a candidatos ao governo do estado, uma disputa entre o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e o senador Weverton Rocha (PDT) para a sucessão de Dino, o petista ressaltou que não fez a viagem para definir alianças políticas.

Em seguida, disse que fará o possível para que todos os segmentos de oposição do país estejam unidos no primeiro turno.

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Mesmo Dino sendo cotado para a vice do ex-presidente em 2022, o petista afirmou que não há nada definido.

Durante dois dias em São Luís, Lula foi cortejado por Brandão e Weverton Rocha. Na outra ponta, a família do ex-presidente José Sarney e a ex-governadora Roseana Sarney ofereceram um jantar ao petista. Lula tratou o encontro como de caráter pessoal.

No fim da tarde, o ex-presidente seguiu para Fortaleza. Ele ainda vai a Natal e Salvador.

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