Brasil

Ex-presidente do Hopi Hari é absolvido pelo STF de acusação de homicídio

Decisão do Supremo Tribunal Federal é em relação a um acidente fatal ocorrido no parque no ano de 2012

Jeferson Marques

Publicado em 24/01/2021 às 18:31

Atualizado em 24/01/2021 às 18:53

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A atração Evolution, que fica na área de Wild West. / Reprodução/Redes sociais/Hopi Hari

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O Superior Tribunal Federal (STF) decidiu por absolver o ex-presidente do Hopi Hari, Armando Pereira Filho, da acusação de homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) em relação a um acidente fatal ocorrido no parque em fevereiro de 2012. Ele e outras 11 pessoas foram indiciadas e processadas criminalmente. A ação chegou a ser paralisada em 2017. Com o seu andamento a corte entendeu em decisão recente que Pereira Filho não deve responder por esse crime.

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O acidente ocorreu na manhã do dia 24 de fevereiro de 2012. A adolescente Gabriella Nichimura tinha acabado de chegar ao parque com sua família quando decidiram brincar na atração "La Tour Eiffel", uma torre de queda livre. Gabriella sentou em uma cadeira que estava com defeito na trava. Não havia nenhuma informação sobre isso no brinquedo e o assento sequer estava interditado naquele dia. Com a queda - a cerca de 69 metros de altura - a trava da jovem acabou abrindo quando o brinquedo freia para reduzir a sua velocidade antes de chegar ao solo, e ela despencou de uma altura de aproximadamente 25 metros. Gabriella chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos graves ferimentos e traumatismos do impacto com o solo.

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Na época o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior disse que "uma série de erros e negligências tanto de funcionários quanto de diretores do parque resultaram na tragédia". Porém, a decisão do STF diz que não há provas de que a conduta do presidente à época tenha sido a causadora da morte da adolescente.

O Hopi Hari enfrentou uma série de problemas financeiros anos depois e chegou até a fechar as portas em março de 2017 para "ganhar fôlego". Com novos investidores e um novo presidente o parque conseguiu se reerguer em 2018 com várias atrações que estavam fechadas sendo reformadas e recuperadas, além de mais investimentos em eventos de calendário fixo (casos do Hora do Horror e Hopinight) e outros que eram inseridos de acordo com as estratégias de público. Os resultados reapareceram e a visitação anual aumentou.

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O parque abriu processo de recuperação judicial e acumula dívidas de mais de R$ 700 milhões. Um dos maiores credores desse montante é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mesmo assim o Hopi Hari segue funcionando normalmente e se adaptando à pandemia. Exemplo disso foi o evento "Horror Drive Tour", ocorrido em substituição à tradicional "Hora do Horror" entre setembro e outubro de 2020, onde os visitantes (que não podiam caminhar pelas zonas de susto devido às regras de distanciamento social) passeavam pelo parque de carro durante a noite, cruzando áreas tematizadas com muitos monstros, criaturas, fumaça e efeitos de luzes e som.

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