Desigualdade
Desigualdade entre homens e mulheres em cargos de chefia na administração pública foi tema central de debate realizado nesta quinta-feira (24)
Ministra Carmen Lúcia do STF / Wilson Dias/Agência Brasil
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A desigualdade da proporção de homens e mulheres em cargos de chefia na administração pública foi tema central de debate realizado nesta quinta-feira (24), em Brasília, com a presença da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia.
O Brasil, segundo a ministra, ainda tem um olhar de preconceito contra a presença feminina em cargos importantes e tem um raciocínio no qual "uma autoridade é homem e a mulher é do lar".
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"É difícil superar isso. Eu não estou falando das pessoas que tomam as decisões, estou falando das pessoas que refletem as decisões tomadas desde sempre no Brasil", afirmou Cármen Lúcia.
"Mesmo entre nós da administração pública, com dever da impessoalidade, essa cultura de preconceito e desvalorização contra a mulher é presente, e não dá mais para esperar", disse.
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O debate, sobre protagonismo feminino na administração pública, foi organizado pelo Consad (Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração), em congresso que debate os principais temas que envolvem a administração pública brasileira, como reforma administrativa, inovação e sustentabilidade.
O evento, que conta com apoio da Folha de S.Paulo, acontece até quinta no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Também participaram do debate a prefeita de Caruaru (PE), Raquel Lyra (PSDB), a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, e a secretária de planejamento e gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto.
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Em consenso, elas entendem que é necessário ampliar o papel da mulher na administração pública, mas que tem havido avanços nos últimos anos nesse sentido.
"A visão feminina da gestão muda de fato as políticas públicas e consegue transformar a vida de todas as mulheres", afirmou Luísa Barreto.
Segundo Raquel Lyra, as mulheres precisam ocupar mais espaços de poder para permitir que a "capacidade de construir de um jeito diferente" possa influenciar "a forma de ver, de fazer, de construir política pública e de executá-las".
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