Brasil

Brasileira de 12 anos é embaixadora de campanha global para combater mudanças climáticas

Plant Based Treaty alerta para a urgência de ações e busca apoio de governantes e sociedade na escolha de uma alimentação sem exploração animal.

Da Reportagem

Publicado em 02/09/2021 às 21:09

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Com 12 anos, Brunna Sachs é vegana desde os 4 e mora no Rio de Janeiro / Divulgação

Continua depois da publicidade

Nesta semana, ativistas de todo o mundo começaram a divulgar a campanha Plant Based Treaty, que visa pressionar os governos para que a produção alimentar passe a estar na vanguarda do combate à crise climática. 

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A intenção é que os líderes negociem um acordo global que trave o impacto da agropecuária atual no planeta. No Brasil, a representante é Brunna Sachs, defensora e ativista dos animais e do clima de apenas 12 anos de idade.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Nômades digitais: jovem casal viaja o Brasil em uma casa sobre rodas

• Jovem de São Vicente com hidrocefalia conta história de superação

"O planeta está enfrentando uma devastação irreversível e cabe a todos nós fazer a diferença e garantir que as gerações futuras realmente tenham um futuro", alerta Brunna. 

Vegana desde os 4 anos, por vontade própria, a jovem embaixadora destaca a importância das escolhas alimentares no ecossistema e reforça a urgência do assunto.

Continua depois da publicidade

"Nossa geração quer ter um futuro e, se não tomarmos atitudes hoje, nosso amanhã não estará garantido. Retire os derivados animais da sua alimentação e vamos juntos cobrar de nossos representantes mudanças para um sistema mais saudável para nós e o planeta", afirma Brunna.

Ações em cerca de 100 cidades de todo o mundo, incluindo Manchester, Amsterdã, Lisboa, Roma, Los Angeles, Cidade do México, Toronto, Seul e Mumbai ocorrem para encorajar os líderes a assinarem o tratado. Até 2023, antes do balanço global sobre o progresso do Acordo de Paris, a campanha trabalhará para ganhar o apoio de 10 milhões de pessoas, 10 mil organizações, 10 mil empresas e 50 cidades. 

O tratado incentiva os líderes a negociarem um acordo global em torno destes três princípios: 

Continua depois da publicidade

• RENUNCIAR - acabar com a alteração do uso da terra, degradação de ecossistemas ou desmatamento para fins de exploração animal.

• REDIRECIONAR – fazer uma transição ativa dos sistemas agrícolas de base animal para sistemas alimentares estritamente de vegetais. 

• RESTAURAR - recuperar ecossistemas e reflorestar a terra danificada.  

Continua depois da publicidade

No Acordo de Paris, assinado em dezembro de 2015, os países celebraram um pacto para limitar o aquecimento global abaixo de 2°C (preferencialmente 1,5ºC). Embora a redução da utilização de combustíveis fósseis seja uma forma importante de diminuir as emissões de gases com efeito de estufa, por si só não é suficiente para cumprir este objetivo. 

Buscando contribuir com a eficácia do acordo, o Plant Based Treaty alerta para os danos da produção de carne, laticínios e ovos, que provocam emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, três principais gases do efeito de estufa. Os especialistas dizem que a redução de emissões de metano é provavelmente a única forma de evitar aumentos de temperatura acima de 1,5°C, e a maior chance para amenizar o aquecimento até 2040. 

Anita Krajnc, coordenadora de Campanha Global para o Plant Based Treaty, chama atenção para o sexto relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas. "Ele deixa claro que é mais crítico do que nunca reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e identifica as dietas baseadas em plantas como um método chave para o conseguir. Com apenas 5 anos para inverter os piores efeitos das alterações climáticas, a manutenção do status quo já não é uma opção. É tempo de mudar para uma economia baseada em plantas para inverter os danos que causamos ao ambiente, e para promover uma sociedade mais saudável", observa.

Continua depois da publicidade

 

Conhece o Plant Based Treaty?

O Plant Based Treaty foi elaborado para colocar o sistema alimentar na vanguarda do combate à crise climática. Ele visa travar a acelerada degradação generalizada dos ecossistemas causada pela agropecuária atual e promover uma mudança para dietas vegetais sustentáveis e mais saudáveis.

Continua depois da publicidade

A ação incentiva cientistas, sociedade, empresas e cidades a apoiarem este apelo à ação e a pressionarem os governos nacionais a negociar este tratado global.

O apoio pode ser feito pelo e-mail [email protected] ou com uma rápida inscrição no site da organização.  

 

Continua depois da publicidade

A embaixadora jovem do Plant Based Treaty é do Brasil

Com 12 anos, Brunna é vegana desde os 4 e mora no Rio de Janeiro. É a primeira organizadora brasileira do Youth Climate Save, uma organização jovem do Movimento Save, com ênfase na ligação entre a pecuária e as mudanças climáticas. Foi nomeada embaixadora jovem do Plant Based Treaty, tratado que acompanha o Acordo de Paris, o qual promove uma mudança para dietas a base de plantas, mais saudáveis e sustentáveis.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software