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Apenas 38% dos bebês no país são alimentados pelo leite materno até os seis meses de vida

O leite materno é um recurso natural que oferece todos os ingredientes necessários até os seis meses de vida do bebê

Brasil 61

Publicado em 05/08/2019 às 10:05

Atualizado em 28/03/2024 às 21:47

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"Hora do Mamaço", na Casa das Rosas, centro de São Paulo. / Fotoarena/Folhapress

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O leite materno é um recurso natural que oferece todos os ingredientes necessários até os seis meses de vida do bebê. Além disso, amamentar a criança até os dois anos ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico, e, também, é responsável por prevenir doenças e fortalecer os vínculos entre mãe e filho. Janine Ginani, coordenadora da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, reforça a importância de começar a amamentação na fase inicial da vida para reduzir a mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos.   

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“O aleitamento tem várias evidências científicas que demonstram a sua eficácia para combater várias doenças prevalentes na infância. Amamentar evita a mortalidade infantil, além de tudo evita questões que são recorrentes e que podem levar a mortalidade, como a diarreia e infecções respiratórias. Ela tem um impacto muito positivo na redução de alergias, isso tudo no contexto da criança, diz Janine Ginani – Coordenadora da Saúde da Criança."

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Um estudo publicado em 2016 pela revista The Lancet mostrou que 823 mil mortes de crianças e de 20 mil mães poderiam ser evitadas por meio da amamentação em 75 países de baixa e média renda. Atualmente, apenas 38% dos bebês são alimentados exclusivamente pelo leite materno até os seis meses de vida, e só 32% continuam amamentando até os 24 meses. Alice Medeiros, consultora nacional de Alimentação e Nutrição da Organização Pan-Americana da Saúde, esclarece sobre as metas globais de nutrição.

“Em 2012, na Assembleia Mundial da Saúde foi pactuado o que a gente chama de metas globais para nutrição até 2025, umas delas é um aleitamento materno até os seis meses de 50% das crianças. Então, a gente espera que os países membros atinjam essa meta de crianças amamentadas até os seis meses. ”

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Para incentivar e informar os profissionais de saúde, pais e famílias sobre a melhor forma de apoiar o aleitamento materno, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disponibilizaram atualizada a nova orientação com dez passos para aumentar o apoio à amamentação nas unidades de saúde que prestam serviços de maternidade para recém-nascidos. Além disso, a plataforma também ajuda as mulheres que vão amamentar pela primeira vez após o parto. Quem dá mais detalhes é a consultora nacional de Alimentação e Nutrição da Organização Pan-Americana da Saúde, Alice Medeiros.

“Tem os dez passos que foram reatualizados no começo de 2018, que são orientações para que os serviços de saúde saibam lidar e tratar, e que tenham normas específicas de como orientar, proteger e promover esse aleitamento materno, que vai desde orientar os pais quanto ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, até orientar os profissionais de como lidar com essa família.”


A amamentação é uma das formas mais econômicas e eficazes de contribuir para a redução da taxa de mortalidade infantil. Por isso, incentive as mulheres que você conhece a amamentarem seus filhos. Incentive a família, alimente a vida. Para mais informações, acesse saude.gov.br.

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