Bertioga

Reportagem que aborda o Ano Novo Guarani estreia nesta quarta-feira

Uma realização do Diário e da Gazeta de S.Paulo, reportagem pode ser acessada pelas redes sociais e plataformas digitais

Carlos Ratton

Publicado em 17/10/2023 às 12:11

Atualizado em 17/10/2023 às 16:59

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Reportagem aborda, ainda, como estão sobrevivendo as cerca de 150 famílias no pós-pandemia e durante a discussão do Marco Temporal / Divulgação

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Nesta quarta-feira (18), às 18 horas, estreia o segundo Diário de Um Repórter, que abordará o Ano Novo Guarani (Arapyau) e o exemplo de luta e resistência da Aldeia Rio Silveira, localizada em Boracéia, em Bertioga, divisa com São Sebastião.

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A grande reportagem é uma realização conjunta entre o Diário do Litoral e o Grupo Gazeta de São Paulo e pode ser acessada pelas redes sociais e plataformas digitais de ambos os veículos de comunicação. Confira pelo www.diariodolitoral.com.br e www.gazetasp.com.br

Em fevereiro último, os indígenas daquela comunidade foram bastante castigados pelo grande volume das chuvas que atingiu também Ubatuba, no Litoral Norte, chamando a atenção de todo o País.

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Além do Arapyau, que gera sempre uma forte esperança por dias melhores ao povo guarani, o Diário de Um Repórter abordará como estão sobrevivendo as cerca de 150 famílias no pós-pandemia e durante a discussão, no Congresso Nacional, do Marco Temporal, que estabelece uma nova regra para a demarcação de terras indígenas.

A iniciativa considerada por amantes da natureza e indigenistas como o início da extinção dos quase 1,7 milhão de irmãos e irmãs indígenas que representam quase 1% do total de habitantes do país.

A tese do marco temporal estipula que os povos indígenas teriam direito a reivindicar, em processos de demarcação, somente as terras que estivessem ocupadas por eles na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

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Mas esquece-se que a população indígena cresce e precisa de terras para sobreviver e, principalmente, que os irmãos e irmãs indígenas estão aqui muito antes deste país ser chamado Brasil.

VISITAÇÃO.

Quem assistir o Diário de Um Repórter vai se deparar com um mundo diferente, mas que também pode ser acessado via visitações monitoradas. Além de uma atividade cultural completamente diferente, os visitantes têm a oportunidade de ajudar a comunidade.

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O roteiro começa por intermédio de um guia indígena. Os visitantes conhecem a biodiversidade da reserva, a cultura e alimentação típica. A comunidade vive dentro das suas ocas ou casas, feitas com madeira de "palmeira-pati" e algumas de alvenaria.

Os visitantes percorrem uma trilha de dois quilômetros e conhecem um dos rios da bacia do Rio Silveira, um dos locais de natureza mais preservados de São Sebastião, que integra a exuberante Mata Atlântica.

Um dos biólogos que acompanha os visitantes oferece um conteúdo riquíssimo em histórias e curiosidades acerca da reserva indígena e seus
habitantes.

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O local está inserido em um trecho preservado da Mata Atlântica, com formações vegetais riquíssimas, classificadas como Floresta de Restinga e Floresta Ombrófila Densa.

Na volta, é possível experimentar a alimentação indígena, depois ocorre uma apresentação cultural, com música e dança feito pelas crianças e jovens.

Em seguida, são realizadas pinturas de grafismos e é possível conhecer um pouco sobre a história desse povo. No final do passeio, você pode comprar palmito e artesanato indígena.

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Para marcar visita, é preciso agendar com o cacique Adolfo pelo (11) 94231-7570. A taxa de inscrição para o passeio e a alimentação é R$ 200,00 por pessoa. Artesanatos também podem ser comprados de forma online, no Instagram, na @mari.paramirim, fazer um pix para a artesã e receber a encomenda pelos correios.

DEMARCAÇÃO.

Conforme já publicado, em 1987, a aldeia foi demarcada por decreto. Atualmente existe um processo de expansão de suas terras, à pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), dos atuais 944 hectares para 8,5 mil, que permanece paralisado desde 2010.

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Em 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) construiu as casas de alvenaria, porém o abastecimento de água fica restrito às casas próximas da estrada.

Em 2013, uma parceria firmada por FUNAI, CDHU e Prefeitura de Bertioga chegou a prever um investimento total de R$ 9 milhões na construção de moradias com água encanada, luz elétrica e rede de esgoto na aldeia.

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