Caio Matheus fez um balando da sua gestão no 32º aniversário de Bertioga / Nair Bueno/Diário do Litoral
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No 32º aniversário de emancipação político-administrativa de Bertioga, o prefeito da cidade, Caio Matheus (PSDB), falou com a Reportagem do DL sobre o seu último mandato à frente da cidade, perspectivas pessoais, na política e, o principal: como avalia seu governo na cidade caçula da Região. Será que ele tem algum arrependimento?
Confira abaixo a entrevista, na íntegra:
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Diário do Litoral - A agenda de Bertioga, em eventos culturais e no turismo, está bem movimentada. Isso fazia parte do seu plano de governo ou foi uma necessidade notada no trajeto da sua administração?
Caio Matheus - Fazia parte dos nossos planos e de um trabalho responsável. Acrescento o turismo ambiental e histórico a estes que você citou. Nosso potencial é enorme e conseguimos criar um tripé que movimenta o comércio da cidade durante todas as estações do ano. Chamamos de Calendário 365, onde todos os gostos, públicos e agendas são contemplados, mudando a história de que Bertioga é uma cidade procurada apenas no verão.
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DL - E os outros setores, como educação, saúde, segurança pública dentre outros?
CM - É importante dizer que estamos levando todos os setores junto. Há avanços e elevação de nível no turismo, na saúde, na educação, na ação social e assim por diante. Há shows e eventos, assim como há novos equipamentos na saúde, escolas reformadas, programa que leva remédio até a casa do munícipe e outra infinidade de obras em execução e cerca de R$ 200 milhões para serem investidos entre o final agora de maio e junho. Na minha gestão nenhum setor fica para trás. É um conjunto de ações de quem não se conformava com a cidade que pegou em 2017, e que transformou sonhos em realidade através de muito trabalho.
DL - Você falou de 2017, quando iniciou seu 1º mandato. Muitas medidas que seu governo tomou não foram bem aceitas ou compreendidas na época...
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CM - É preciso pensar a política com a razão. Naquele momento era necessário tomar decisões não tão populares, mas que, futuramente, ajudariam no crescimento da cidade, como podemos ver hoje. E é interessante lembrar que muitas pessoas que naquela época me criticaram, hoje entenderam a nossa intenção e dizem que, se fosse possível, votariam em mim 10 vezes. Concordo que o remédio foi bem amargo no começo, mas, sem arrogância, estou satisfeito com o meu trabalho e da equipe que montei aqui.
DL - Você tem visitado obras pela cidade e sempre convida um vereador para estar junto. Por qual razão?
CM - Eu e a Câmara trabalhamos juntos para o bem de Bertioga, e entendo ser importante que nossos vereadores participem dos nossos avanços tendo contato com a população, nas ruas. Nossos projetos surgem de um trabalho coletivo e quero sempre tê-los comigo, vendo as coisas boas acontecerem.
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DL - É seu último mandato. O que pensa em fazer ao sair da Prefeitura?
CM - A partir de 1º de janeiro de 2025 quero curtir um pouco mais a minha família. Ser prefeito é um desafio intenso. Começo a despachar pelo telefone as 5 da manhã e trabalho 12 horas por dia. Não tenho um sábado ou domingo livre, que eu me desligue da cidade. Resolvo a vida de todo mundo, mas acabo deixando a minha um pouco de lado. É isso, estar mais perto da família e investir na construção civil.
DL - Não pensa em ser deputado ou algo parecido? Seguir na vida política?
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CM - Claro que penso. Inclusive tenho planos para 2028. Apesar de encerrar meu mandato em 31 de dezembro de 2024, quero fazer um sucessor para continuar nosso plano de governo e projetos. Me preocupa muito pensar que Bertioga pode andar para trás dependendo do grupo político que assumir. Deputado? Talvez, expandindo nosso ideal político para outras cidades da Região, quem sabe? Mas tenho planos sim. Muitos.
DL - Se arrepende de algo que fez ou que deixou de fazer?
CM - Me arrependo de, no começo do meu mandato, não ter aparecido mais para rebater algumas bobagens que estavam falando. Talvez eu devesse ter ido mais para a mídia, coisa que não fiz, pois a minha preocupação era a de administrar a Prefeitura. Fiquei muito focado em colocar as contas em dia e acabei deixando os que preferem reclamar falarem demais. Acho que esse é meu único arrependimento.
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DL - Como você quer ser lembrado na história de Bertioga?
CM - Nessa cadeira você faz uma faculdade da vida. Conhece o lado bom e o lado ruim das pessoas. Cresci muito como ser humano estando neste cargo e quero ser lembrado pelo meu trabalho e pela minha conduta racional à frente da cidade. Quero que a história lembre da boa gestão que fizemos e do quanto lutamos honestamente para a evolução de Bertioga.
DL - O que mudou no Caio de 2017 para o Caio de hoje, 2023? Está satisfeito com a sua gestão?
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CM - Aqui dentro nunca assumi um personagem, sempre fui eu. Você aprende muito com a convivência com as pessoas, com o dia-a-dia e com os desafios que se apresentam. Aqui aprendi a ser sincero e a dizer não de forma responsável e verdadeira. Bertioga é o grande desafio da minha vida e sei que melhorei a qualidade de vida da nossa gente. Ainda há muito o que fazer, mas os avanços de 2017 até agora são notáveis. É uma vitória de todos nós.