Todos os dias chegam comida, roupas, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e outros / Divulgação
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A Aldeia Rio Silveira, de povo indígena Guarani, localizada em Bertioga, bastante castigada pelo grande volume das chuvas que chegou a 680 milímetros por metro quadrado - o maior da Baixada Santista e Litoral Norte Paulista - começou a mudar.
Nas últimas 48 horas, os cerca de 800 moradores, entre eles 350 crianças e 15 idosos, receberam uma grande quantidade de alimentos, roupas, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e outros.
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Uma boa parte da ajuda veio da ação do programa #TamoJunto da Gerando Falcões, da GirlUp Caiçara e ONG Nós por Nós, que conseguiu auxílio financeiro para atender a comunidade indígena. Mais de 150 voluntários fazem parte dos grupos.
ÁGUA NA CINTURA.
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Isabela Maria de Resende Cavalcante, uma das voluntárias, conversou com a Reportagem na última quinta-feira (23) - dia em que o Diário publicou a situação dos indígenas, que ficaram com água praticamente na cintura e perderam tudo em função das chuvas históricas que deixaram mortos e desaparecidos em São Sebastião e Ubatuba), além de centenas de desabrigados.
A Aldeia Guarani Rio Silveira está situada no quilômetro 183 da Rodovia Manoel Hipolyto Rego, na divisa entre Bertioga e São Sebastião, em Boraceia, bairro da região sul de Bertioga.
Por estar situada no pé da Serra do Mar, praticamente no lado praia de Boracéia, a água chegou com muita força, com muita lama, impossibilitando até acesso a fontes de água potável. A roça foi destruída.
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"Domingo (amanhã), entregaremos dois caminhões repletos de água e alimentos. Serão oito toneladas (quatro por caminhão), além do que já entregamos. Ainda estamos recebendo material, principalmente alimentos não perecíveis, fraldas, absorventes íntimos, produtos de higiene, colchões, botijões de gás e outros", explica Isabela.
A voluntária completa informando que o seu grupo também recebe doações de qualquer quantia via chave pix girlup.caiç[email protected] e por intermédio do Ifood dentro do Programa TamoJunto. "Ainda retiramos doações em toda a Baixada Santista. A ideia a continuar ajudando todo o final de semana até a situação normalizar", afirma Isabela Cavalcante.
DEMARCAÇÃO.
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Conforme já publicado na Imprensa regional, em 1987, a aldeia foi demarcada por decreto. Atualmente existe um processo de expansão de suas terras, à pedido da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), dos atuais 944 hectares para 8,5 mil, que permanece paralisado desde 2010.
Em 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) construiu as casas de alvenaria, porém o abastecimento de água fica restrito ás casas próximas da estrada.
Em 2013, uma parceria firmada por FUNAI, CDHU e Prefeitura de Bertioga chegou a prever um investimento total de nove milhões de reais na construção de moradias com água encanada, luz elétrica e rede de esgoto na aldeia.
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