'O Porto de Santos tem que ser motivo de orgulho, não de dor de cabeça', afirma Caio / Divulgação
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Como santista nascido, criado e vivido, se tem uma coisa que aprendi nessa vida é que nem todo santista conhece o Porto de Santos. Apesar de ser a espinha dorsal de nossa cidade, parte da população da Baixada não conhece as oportunidades e o impacto gerados pelo porto. Mas, já que 2025 já bate na porta, trazendo mudanças no comando municipal, temos uma boa desculpa – e janela de oportunidade-, para virar esse jogo e trazer mais cidadãos e novas ideias que possam beneficiar a cidade e o porto.
Durante 2024, vimos um monte de propostas, planos e debates. A ampliação anunciada, por exemplo, é algo necessária – mas com condição! Não adianta ampliar a área em mais de 12 milhões de metros quadrados e deixar de lado a questão ambiental ou a infraestrutura da cidade. A logística aqui não aguenta mais improviso.
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Vale ainda perguntar: como está o planejamento para conectar melhor o porto com a cidade? Empresários, trabalhadores e a comunidade precisam se unir nessa conversa e cobrar das autoridades soluções que realmente integrem o porto à vida urbana. Não basta aumentar a movimentação de contêineres, é também necessário que sejam criadas condições que beneficiem também o pequeno comerciante e valorizem o trabalhador portuário. O Porto de Santos é a veia que pulsa na nossa economia, mas também precisa ser o ponto de convergência para o progresso de toda a comunidade.
Agora, vou dar uma cutucada no pessoal da Câmara. Até que andaram fazendo umas coisas boas, como debater a regionalização do porto e a importância da sustentabilidade com o Manifesto ESG. Muito bom!
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Mas vamos ver se ação acompanha o discurso. Porque, no fim do dia, quem conhece o jogo sabe que prometer é fácil, mas cumprir é outra história. Estaremos atentos!
A verdade é que a população precisa participar. Reclamar no bar é bom, mas ir a audiências públicas e cobrar vereadores é melhor ainda. Tem que pressionar, cobrar transparência. Santos é nossa casa, não é terreno de jogo para quem vem de fora fazer o que bem entende.
A nova administração municipal também tem que mostrar serviço. Tem promessa de sobra para cumprir. Nós, que somos da velha guarda, sabemos que promessa bonita não enche prato nem paga conta. Se 2024 foi o ano de planejar, 2025 tem que ser o ano de executar. O porto precisa de modernização, mas também de humanização. Investir no trabalhador, na sustentabilidade e no futuro da cidade não é custo, é valor.
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Hoje, meu recado é simples. Vamos lutar pelo que é nosso. O Porto de Santos tem que ser motivo de orgulho, não de dor de cabeça.
Feliz Natal! E que 2025 seja o ano em que a gente mostre que santista tem voz, tem garra e não engole desaforo. Vamos que vamos!