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Os 150 mil moradores do continente vicentino são os que mais precisam deste tipo de transporte, de caráter essencialmente metropolitano
A deputada federal Rosana Valle / DIVULGAÇÃO
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Já cobrei à Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) a extensão do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, à Região Continental de São Vicente. Os 150 mil moradores do continente vicentino são os que mais precisam deste tipo de transporte, de caráter essencialmente metropolitano.
Afinal, os moradores da Área Continental, em sua quase totalidade, trabalham longe dos bairros onde moram. Eles são obrigados, diariamente, a tomar uma ou duas conduções para seus locais de trabalho em Santos, Cubatão, Praia Grande, parte insular de São Vicente e até em Guarujá.
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O duro para quem vive na Área Continental é ver que o VLT chegou bem perto da Ponte dos Barreiros, mas não atravessou para o outro lado. Muitos até utilizam o VLT, descem na Estação Barreiros, e depois têm que tomar outra condução para chegar em casa depois de um dia de batente.
Por isso, estou pedindo que a EMTU assuma a recuperação da ponte ferroviária, por onde passa a linha do trem, junto da ponte rodoviária.
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A EMTU precisa aproveitar, agora, que a Ponte Rodoviária dos Barreiros será toda reforçada e recuperada, com os recursos que consegui junto ao Governo Federal, para também deixar em condições de aproveitamento a linha ferroviária.
É pela Ponte Ferroviária dos Barreiros que vai passar o VLT, vindo de Santos, para alcançar os bairros da Área Continental de São Vicente. No momento, a EMTU, que é uma empresa do Governo do Estado, implanta a segunda fase do VLT em Santos.
Mas entendo que a empresa deveria aproveitar este momento também para iniciar a recuperação da Ponte Ferroviária dos Barreiros.
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Aliás, me preocupam também os rumores de que o Governo do Estado estava planejando extinguir a EMTU. Se esta ideia representar risco para a extensão do VLT para a Área Continental de São Vicente, isso não pode acontecer.
As autoridades estaduais precisam entender que, dando condições do VLT atravessar a Ponte dos Barreiros, este moderno, confortável, não poluente e silencioso sistema de transporte poderá chegar facilmente a todas as cidades do Litoral Sul. Afinal, há uma linha férrea desativada que passa por Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, seguindo até Cajati, no Vale do Ribeira.
Estou falando da malha ferroviária desativada da Rumo, empresa que vai devolver o ramal, sem uso, ao Governo Federal. A empresa terá, inclusive, que pagar uma multa pela devolução dos trilhos sem utilização durante o período que teve a concessão do trecho.
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Pedi ao Governo Federal que o valor da multa seja aplicado na nossa região. E por que não utilizar este dinheiro, estimado em R$ 300 milhões, para estender o VLT para a Região Continental de São Vicente e todo o Litoral Sul? A população merece.
* Rosana Valle, deputada federal
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