Cidinha Santos, jornalista e assessora de comunicação dos movimentos sociais / DIVULGAÇÃO
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Ludmila Curi, diretora do filme “Marias”, chegou a Santos logo cedo. Após almoço, partimos para encontrar e trocar ideias com a turma do Instituto Querô. A diretora carioca ainda participou de um bate-papo com os programadores culturais do Museu de Imagem e do Som de Santos (MISS).
No início da noite chegamos ao Cine Arte Posto 4 onde foi exibido o filme “Marias”, dentro da programação do mês de março pelo Dia Internacional de Luta da Mulher – 8 de março. A atividade foi programada pelo Coletivo Feminista Classista Maria vai com as Outras.
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Os Cine Debates aconteceram na segunda-feira (10) e na quarta-feira (12). Tanto no Cine Arte Posto 4 quanto no Cineclube Lanterna Mágica, pessoas de todas as idades assistiram e conversaram sobre o filme.
No Cine Arte Posto 4, o debate contou com a presença da diretora Ludmila Curi, jornalista e historiadora. O público qualificado que frequenta o espaço já chegou sabendo do debate, que contou com o apoio de intérpretes de Libras, conforme previsto pela produção e distribuição.
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O documentário escrito e dirigido por Ludmila Curi viaja pelo Brasil e Rússia seguindo os passos de Maria Prestes, nordestina e companheira do Cavaleiro da Esperança, Luís Carlos Prestes. Maria se tornou figura importante na luta pela reforma agrária no Brasil.
O filme conta a história de outras mulheres que também participaram ativamente de grandes momentos do último século.
Mulheres que lutam para conciliar o cotidiano dos sonhos. Para elas e muitas outras, o sonho era e é coletivo. Porque, se nós aprendemos muitas coisas para fazermos o mundo continuar como está – um lugar onde não podemos viver como seres humanos plenos – aprendemos também que precisamos da aldeia, do quilombo, de outras mulheres, para criarmos, sejam as crianças, nós mesmas ou o mundo novo.
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Em março, o mundo finge nos ouvir dizer: Parem de nos matar, parem de matar nossos jovens, parem de nos escravizar.
Quem decide sobre o nosso corpo somos nós, o trabalho deve ter função social como a terra, os serviços de saúde, a educação e a segurança são responsabilidades do Estado, não devem ser privatizados.
Já mudamos muito: votamos, estudamos, viajamos, trabalhamos....o que parece normal foi conquistado com a luta de muitas Marias pelo mundo.
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Muito temos que fazer ainda. E não desistiremos.
Afinal, assim como Maria Prestes e Eunice Paiva, AINDA ESTAMOS AQUI, e lutando!
* Cidinha Santos, jornalista e assessora de comunicação dos movimentos sociais.
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