Caio, da Marimex / Divulgação
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Quando o assunto é “setor portuário”, a maioria dos leitores acredita ser algo distante de seu dia a dia. Mas a verdade é que, pelos portos, passam boa parte dos produtos que consumimos, desde o café da manhã até o celular que a gente não larga.
E ao falar em portos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) é peça-chave nesse quebra-cabeça.
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É o órgão que deve regular, fiscalizar e ajudar a definir os rumos desse setor que movimenta bilhões e impacta diretamente a economia do país, ou seja, nos preços que pagamos pelos produtos nas prateleiras de farmácias e supermercados. Por isso, vamos falar, sim, da Antaq.
É fato incontestável que a agência tem relevância para as soluções no desenvolvimento do setor portuário brasileiro.
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Vejamos o cenário dos últimos anos. Desde 2020, os arrendamentos portuários, ou seja, as empresas privadas que operam nos portos, garantiram investimentos de R$ 8 bilhões, o que não é pouca coisa.
A movimentação portuária bateu recorde em 2024, chegando a 1,32 bilhão de toneladas, o que mostra que o setor vem crescendo e ganhando eficiência. Mas ainda estamos longe do ideal para um país deste tamanho.
O Ministério de Portos e Aeroportos, por sua vez, anunciou uma carteira de investimentos de R$ 20 bilhões até 2026, incluindo 55 empreendimentos, abrangendo arrendamentos e concessões.
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Mas a gestão da Antaq, nesse período, travou. A agência autorizou R$ 47 bilhões para implantação de 63 Terminais de Uso Privado (TUPs), mas executou apenas R$ 2 bilhões.
Capacidade de investimento, o setor tem. Mas anda parada e os projetos, engavetados. Isso pode ser sinal de que algo não está funcionando como deveria. Seria a burocracia, a lentidão nos processos ou a falta de priorização que trava o crescimento do setor?
Apesar dos erros anteriores, vamos tentar manter o otimismo. A Antaq está sob nova direção. Será a virada que a gente precisa? Por isso, vamos logo avisando: é hora de botar a casa em ordem, simplificar processos, atrair mais investimentos e garantir que os projetos saiam do papel.
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A agência tem que ser mais ágil, mais presente e mais estratégica. Precisa olhar para o futuro e pensar grande, porque o setor portuário brasileiro tem tudo para ser um dos melhores do mundo.
A esperança é que, com uma gestão mais ativa e visionária, a Antaq consiga alinhar os investimentos às reais necessidades do setor.
O Brasil tem portos estratégicos, uma localização geográfica privilegiada e um potencial enorme para ser um hub logístico global.
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Só falta uma agência que faça acontecer. Então, vamos torcer para que a nova gestão entre com tudo e aprume o setor portuário para que avance de vento em popa.