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Faturamento de fazendeiros bate recorde, enquanto flagrantes de escravidão disparam

Sete em cada dez boias-frias contratados para a colheita do grão não recebem direitos trabalhistas previstos em lei

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Publicado em 04/09/2021 às 15:50

Atualizado em 04/09/2021 às 15:53

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Grãos de café / Tim Mossholder/Unsplash

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Por Nilson Regalado

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Pelos cálculos da Conab, o Brasil colherá 48,8 milhões de sacas de 60 kg de café na safra atual, que começou em maio e será concluída agora em setembro. E o preço da saca disparou desde a safra colhida no inverno de 2020. Há um ano, o preço médio oscilava entre R$ 500,00 e R$ 600,00. Hoje, a mesma saca vale perto de R$ 1.200,00. Isso deverá representar um faturamento de R$ 59 bilhões aos fazendeiros, recorde absoluto na história da cafeicultura no País. O Brasil é o maior produtor e, também, o maior exportador de café do mundo. Uma em cada três xícaras da bebida consumidas no Planeta é colhida aqui.

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Apesar da grandeza dos números, essa riqueza não está sendo compartilhada com os "panhadores", como são conhecidos os boias-frias contratados para a colheita do grão. Segundo o Relatório Mancha do Café, elaborado pela Oxfam Brasil, sete em cada dez "panhadores" não recebem direitos trabalhistas previstos em lei.

O documento também aponta que 140 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em fazendas de café em 2020, todos em fazendas de Minas Gerais, conforme dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho. Em 2019, foram 106 os casos de escravidão no café.

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Nesta semana, veio à tona uma nova modalidade de usurpação de direitos dos boias-frias. E o flagrante aconteceu na fazenda do presidente da maior cooperativa do setor no mundo, a Cooxupé. A operação teve a participação do Ministério Público do Trabalho.

Segundo auditores fiscais federais ouvidos pelo Repórter Brasil, fazendeiros do sul de Minas passaram a exigir que os trabalhadores paguem pelos equipamentos utilizados na colheita, bem como pela gasolina usada nessas máquinas, o que representa um desconto de 30% nos vencimentos dos ‘panhadores’, a maioria migrantes da Bahia e do norte de Minas.

Estima-se que mais de dois bilhões de xícaras são servidas diariamente no mundo, o que faz do café a segunda bebida mais consumida no Planeta, atrás apenas da água. São Paulo e Minas são os maiores produtores no Brasil.

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Sistemas planetários...

Estudo conduzido pelo Istituto di Astrofisica da Itália revelou duas informações intrigantes. A primeira é que sistemas planetários com estrelas idênticas ao Sol que apresentam baixa concentração de elementos químicos como lítio e ferro têm maior probabilidade de hospedar planetas similares à Terra.

...outros planetas iguais à Terra...

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Os cientistas fizeram essa descoberta após estudar 62 estrelas idênticas ao Sol e os resultados foram publicados no final de agosto pela revista Nature Astronomy.

...e as estrelas canibais

A pesquisa teve participação do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e foi feita em telescópios no Deserto do Atacama, no Chile. A segunda informação intrigante é que um quarto das estrelas idênticas ao Sol devora planetas que orbitam ao seu redor...

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Filosofia do campo:

“Morta... serei árvore”, Cora Coralina (1889/1985), poetisa goiana.

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