Hortaliças e frutas frescas. / Cybernesco
Continua depois da publicidade
*Por Nilson Regalado
O efeito das geadas que atingiram Sul e Sudeste em junho e julho ainda vai impactar o preço de legumes e verduras até o final de setembro. Por enquanto, apenas agricultores que produzem hortaliças em estufas têm algum produto para entregar nas centrais atacadistas. E foi essa redução na oferta que provocou a alta dos preços. Porém, a produção deve voltar a se normalizar quando a primavera chegar porque os hortifrútis têm ciclo de vida em torno de 40 dias. Esse é o tempo necessário para que verduras e legumes atinjam o tamanho ideal para comercialização.
Continua depois da publicidade
Essa inflação na feira surpreendeu até atacadistas e comerciantes porque o inverno é a época mais propícia à produção de verduras e legumes por registrar, historicamente, temperaturas amenas e nenhuma tempestade. Porém, frutas como as laranjas ainda devem continuar com preços elevados porque elas têm ciclo de produção mais longo. E a seca no Interior Paulista e no sul de Minas Gerais no outono/inverno provocou a queda de até 40% das frutas que se formaram nos pomares no verão.
Base da alimentação de cães, gatos, frangos, suínos, bovinos e peixes criados em cativeiro, a soja e o milho também sofreram com a falta de chuvas, mas o clima foi apenas coadjuvante na alta dos preços das rações e dos óleos. O maior impacto na carestia desses grãos foi causado pelas exportações recordes nos últimos 12 meses. Milho e soja só voltam a ser colhidos no verão.
Continua depois da publicidade
E o aperto na oferta desses grãos acontece justamente no momento em que criadores começam a confinar perus e frangões para a Ceia de Natal. Independente do aumento no custo com o alimento dos animais observado em 2021, os registros históricos mostram que, tradicionalmente, o preço das carnes sobe no final do ano. Portanto, a perspectiva é de novas altas no varejo até dezembro.
Sutis diferenças entre...
Enquanto tanques de guerra obsoletos soltavam fumaça preta em Brasília, a Marinha norte-americana anunciava parceria com cientistas dos EUA e da Europa para diminuir o estresse causado às baleias pela ação humana nos oceanos. A meta é compreender melhor a audição dos mamíferos marinhos para proteger minkes, orcas, belugas, golfinhos e botos...
... Militares e milicos...
O objetivo é minimizar o impacto da navegação, da pesca e da indústria do petróleo na vida dos cetáceos. Estudos apontam que 300 mil mamíferos marinhos morrem todo ano presos a redes de pesca. E a ideia é viabilizar sinais sonoros que avisem as baleias sobre a presença das redes em uma determinada área.
Continua depois da publicidade
...ou entre o atraso e o futuro
Outra medida em estudo é a redução da velocidade dos navios em rotas que sirvam também como berçário para baleias e golfinhos. Claro, também há o interesse militar de utilizar as habilidades desses animais na detecção de minas marítimas.
Filosofia do campo:
“Quem anda no trilho é trem de ferro. Eu sou água que corre entre pedras”, Manoel de Barros (1916/2014), poeta, advogado e fazendeiro mato-grossense.
Continua depois da publicidade