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Artigo - Não é hora de aulas presenciais

Se já aguentamos até aqui, porque não esperamos até que todos os profissionais da educação sejam imunizados – decorridos 14 dias da segunda dose – e haja um índice seguro de imunização na comunidade?

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Publicado em 03/08/2021 às 12:05

Atualizado em 03/08/2021 às 12:06

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Maria Izabel Azevedo Noronha, Presidenta da APEOESP / DIVULGAÇÃO/ALESP

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Por Maria Izabel Azevedo Noronha

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Expressando seu descompromisso com a defesa da vida, o secretário estadual da Educação convocou professores e estudantes da rede estadual de ensino para a volta às presenciais nas unidades escolares.

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Pesquisa realizada pela APEOESP e Instituto Vox Populi, divulgada na sexta-feira, 29 de julho, demonstrou que 85% dos professores e 75% dos estudantes temem contrair a covid 19 nas escolas. E têm todas as razões para esse temor.

No primeiro semestre, em regime de rodízio e com grande parte de professores e estudantes em regime de atividades remotas, foram 2.726 casos de infecção apenas nas escolas estaduais, constatados em levantamento parcial realizado pelas subsedes da APEOESP, com 105 óbitos, entre professores, funcionários e estudantes.

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A pandemia está longe de ser controlada. Já foram contabilizados no estado de São Paulo mais de 4 milhões de casos de covid, com mais de 139 mil óbitos, ou 25% do total nacional, sendo que o estado de São Paulo possui 20% da população nacional.

Não é hora do retorno às aulas presenciais. De acordo com a pesquisa APEOESP/Vox Populi, pouco mais de 44% dos professores receberam a segunda dose da vacina. Os estudantes não foram vacinados. Por que a pressa em retornar?

Se já aguentamos até aqui, porque não esperamos até que todos os profissionais da educação sejam imunizados – decorridos 14 dias da segunda dose – e haja um índice seguro de imunização na comunidade?

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A SEDUC diz que os protocolos sanitários estão sendo cumpridos nas escolas. Somente quem não conhece a realidade das nossas escolas públicas pode acreditar nisso. Até mesmo uma medida simples, a ventilação das salas de aula, é complicada, pois as salas são antigas, os vitrôs são pequenos e localizados no alto e, além de tudo, via de regra, estão emperrados.

A APEOESP continua empenhada na sua luta incondicional em defesa da vida e mantém diálogo permanente com os pais e mães. Isso se reflete na presença de uma média de 5% a 10% de estudantes nas escolas nesse primeiro dia.

Representando os professores da rede oficial de ensino do Estado de São Paulo, recorremos novamente à justiça para que só sejam retomadas as aulas presenciais nas escolas quando todos os profissionais da educação estiverem devidamente vacinados, que haja controle da pandemia, e o estabelecimento de efetivos protocolos de segurança para proteção à saúde e à vida de professores, funcionários, estudantes e suas famílias.

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Maria Izabel Azevedo Noronha, Presidenta da APEOESP

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