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Artigo - Os desafios do síndico na pandemia

A empatia virou um dos maiores instrumentos que devem ser utilizados pelo síndico

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Publicado em 09/10/2020 às 06:44

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Sabrina Sayeg, advogada especializada em Direito Imobiliário e Questões Condominiais / DIVULGAÇÃO

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Por Sabrina Sayeg

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O síndico, na atual conjuntura e, certamente, após a pandemia, não é mais como aquela figura do gestor de obras ou de manutenção, ou mesmo aquele condômino que se aposenta e assume a gestão do condomínio para "passar o tempo".

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O condomínio da atualidade exige como síndico uma pessoa que tenha o compromisso de gerir a coletividade de maneira transparente e sempre aberto ao diálogo.

Cada condomínio tem uma particularidade e suas características próprias, seja sua saúde financeira, ou até mesmo as relações interpessoais.

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Hoje, o síndico trata de relações humanas num ambiente, em alguns casos, com pessoas intolerantes e agressivas. 

E mais, síndico, não é o "dono do condomínio". Lembre-se que síndico gere o condomínio, e não a vida privada de cada morador.  

Antes de agir, o síndico deve ser prudente e tomar vários cuidados, pois pode causar sérios prejuízos e consequências graves ao ambiente condominial, além da sua própria responsabilização civil e criminal por seus atos ou omissões.

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Estar síndico é encarar obstáculos!

O síndico zela pelo bem-estar, segurança e harmonia na comunidade condominial, agindo sob os parâmetros legais, tal como a Convenção Condominial e o Regimento Interno, dentre diversas outras normas legais. E sempre que necessário, deve contratar profissionais especializados na área em que houver a exigência de um posicionamento técnico e específico.

A pandemia da Covid-19 fez com que o síndico aumentasse ainda mais sua preocupação com a saúde dos moradores do condomínio. O síndico passou a gerenciar uma situação de crise dentro da comunidade condominial.

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Com a pandemia, o síndico viu-se obrigado a impor medidas restritivas com o objetivo de proteger os moradores, por exemplo, com a interdição das áreas comuns (piscinas, playgrounds, salões de festas e jogos, churrasqueiras, etc.). 

A maioria dos condôminos aceitou e respeitou, com naturalidade, as medidas excepcionais tomadas pelos síndicos de todo o Brasil, mas desde que fossem baseadas no bom senso. 

A empatia virou um dos maiores instrumentos que devem ser utilizados pelo síndico. Por essa razão, síndico não pode ser autoritário, tampouco omisso ou leniente.

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Síndicos que foram autoritários durante esta pandemia não conseguiram resolver os conflitos internos do condomínio, e acabaram criando muitos entraves judiciais.

O síndico deve ter bom senso, o que também vale para a comunidade condominial, que deve contribuir para a paz dentro do condomínio. 

Viver em condomínio, é viver em sociedade. 

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Podemos afirmar que viver nessa comunidade condominial, onde pessoas, de diversas características, dividem espaços, requer conhecimento de civilidade, e muita paciência. As pessoas que moram em condomínio não têm os mesmos hábitos e necessidades, e por isso, viver em condomínio exige pensar na coletividade.

Estamos diante de uma pandemia, momento de maior solidariedade e limitações.

O condomínio é uma microssociedade, e deve ser visto como exemplo para toda a sociedade. 

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Portanto, a figura do síndico mudou! 

Daqui em diante, todo síndico deixará um legado, pois vem superando desafios na busca da valorização do patrimônio e bem-estar dos moradores e colaboradores. 

Mas acima de tudo, o gestor condominial deve buscar, principalmente, a harmonia dentro da comunidade condominial.

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Sabrina Sayeg, advogada especializada em Direito Imobiliário e Questões Condominiais

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