A pauta vai girar em torno do desemprego no mundo e as formas de se obter a geração de empregos / Matheus Tagé/Arquivo DL
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Por Francisco Aloise
De Genebra, Suíça
O Mundo do Trabalho estará sendo debatido, a partir de segunda-feira (28) até o próximo dia 8 de junho, na 107ª Conferência Internacional do Trabalho, que se realizará em Genebra, na Suíça e que reunirá mais de 5 mil pessoas, representantes de trabalhadores, empresários e governos de 187 países membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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O evento trabalhista internacional ocorrerá no Palácio das Nações Unidas. A pauta vai girar em torno do desemprego no mundo e as formas de se obter a geração de empregos, além do combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo, ao assédio moral no trabalho e violência contra mulher nos locais de trabalho, entre outros.
A recente lei trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017 no Brasil será um dos temas do debate nas comissões e pode ser levado ao plenário da conferência. É que as centrais sindicais estão mobilizadas em Genebra para denunciar a nova lei brasileira sob alegação que ela retira direitos dos trabalhadores e fere três convenções de Genebra nos quesitos que envolvem restrições em se entrar na justiça do trabalho, prevalência do negociado sobre o legislado e na restrição à representação dos trabalhadores, o que vai contra a liberdade sindical.
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O Brasil, porém, poderá se defender dessas denúncias, uma vez que o Governo vai se fazer representar, a partir da próxima semana, pelo do ministro do Trabalho, Helton Yomura, que vai estar em Genebra, na Suíça, a partir de 2 de junho.
Desemprego de jovens
O desemprego mundial é uma das maiores preocupações da OIT, principalmente na falta de oportunidades e vagas de empregos para os jovens.
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A entidade lançou o relatório “Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017”, que alerta para o desemprego juvenil, que atinge 70,9 milhões de jovens no mundo. Para 2018, a estimativa é de que o desemprego entre a população jovem aumente ainda mais, chegando a 71,1 milhões de pessoas.
O documento mostra que, a taxa global de desemprego juvenil ficou em 13,1%, em 2017. Segundo a OIT, na América Latina e o Caribe, a situação está pior, pois a taxa de desemprego juvenil ficou em 19,6% em 2017, o que representa 10,7 milhões de jovens a procura de emprego.
De acordo com o relatório, cerca de um quinto dos jovens em todo o mundo não estão empregados, estudando ou em treinamento. Apesar da recuperação econômica, o desemprego permanece alto, e os jovens são mais propensos a estar desempregados do que os adultos ao redor do mundo.
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Atualmente, dois em cada cinco jovens na força de trabalho estão desempregados ou estão trabalhando enquanto continuam na pobreza, uma realidade que afeta sociedades do mundo todo.
*O jornalista Francisco Aloise integra o Comitê de Imprensa da 107ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT que se realiza em Genebra, na Suíça
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