Assim como nos outros dias, manifestantes se concentraram na Praça Mauá, em frente ao prédio da Prefeitura, no Centro. Sindserv reorganizará a greve em reunião / Rodrigo Montaldi/DL
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O Sindicato dos Servidores Públicos de Santos (Sindserv) decidiu, em assembleia realizada na noite de ontem, acatar a intimação do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo (TJ-SP), que determinou que os servidores retornem ao trabalho, integralmente, em creches municipais, serviços de atendimento urgente à saúde da população e de outros que coloquem em risco esse mesmo direito, além de, no mínimo, 80% dos funcionários nas áreas da saúde, educação e assistência social. No entanto, o sindicato já entrou com um recurso para reverter a decisão.
“Nós deliberamos entrar com recurso contra a decisão judicial, e vamos, a partir desta decisão judicial, reorganizar os servidores na greve. A greve continua, mas a partir dos parâmetros da decisão judicial até que haja um posicionamento da Justiça ao nosso recurso”, explicou Cássio Canhoto, diretor do sindicato.
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A reunião foi realizada na Associação Atlética Portuários, no bairro do Marapé. Canhoto criticou a decisão do Tribunal de Justiça, que acatou o pedido da Administração Municipal.
“Eles foram à Justiça aqui, o juiz julgou com base na Lei de Greve. Essa decisão que veio de São Paulo, em segunda instância, é completamente estapafúrdia. Ela rasga a Lei de Greve. Por isso que estamos recorrendo para que o movimento possa continuar sem nenhum tipo de problema judicial que impeça a continuidade dele de forma plena, como determina a Lei de Greve”, comentou o sindicalista.
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A partir das 19 horas, o Sindserv se reúne no Sindicato Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista (Avenida Ana Costa, 55 - Vila Matias) para reorganizar a greve.
Balanço
A Prefeitura de Santos informou que durante ontem, os índices de adesão à greve permaneceram estáveis, mesmo após decisão do TJ-SP.
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A Educação foi a área mais prejudicada com 70% de adesão. A Saúde registrou 30% de ausências na rede de atenção básica e na Saúde Mental. Na Assistência Social, o índice foi em torno de 60%. A administração salientou que, nos primeiros 16 dias de greve, 3.500 consultas médicas tiveram de ser reagendadas na rede de atenção básica. Além disso, equipamentos como os Centros de Convivência, Casa Dia e Nai permaneceram sem prestar atendimento.