Cotidiano

Protetoras de animais são agredidas em Itanhaém

Elas estão tentando resgatar uma cadela vítima de maus tratos. O caso foi parar na Polícia

Da Reportagem

Publicado em 07/04/2017 às 11:00

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Segundo as protetoras que tiveram contato com a cadela, ela está bem magra e permanece acorrentada / Arquivo Pessoal

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Três protetoras da vida animal – Alcione Catarina Bacheschi Sponton, Célia Leandro da Silva e Ercília Ribeiro de Oliveira – da Organização Não-Governamental (ONG) Star Shine, do Jardim Umuarama, em Itanhaém, foram agredidas por uma família de comerciantes da Rua João Celestino da Costa, do Jardim Corumbá, após terem ido averiguar uma denúncia de maus tratos contra uma cadela, que estava presa numa pequena corrente, sem comida e água.

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O caso ocorreu no último dia 31 e foi registrado no boletim de ocorrência 790/2017, sob acusação de lesão corporal, injúria e furto, visto que, na confusão, o telefone de uma das protetoras desapareceu. “A cachorrinha estava bem magrinha. Ao chegarmos no local conversamos com a mãe do comerciante que disse que queria que levássemos a cachorra embora”, explica Alcione.

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Segundo conta Alcione, enquanto estavam conversando, o filho do comerciante saiu na rua e, num excesso de fúria, passou a agredir as protetoras, causando vários hematomas.

Além do filho, outros membros da família passaram a agredir as mulheres, que estavam apenas tentando fazer cumprir a lei municipal que proíbe maus tratos a animais.  

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“Fomos jogadas no chão. Eu, por três vezes. Puxaram a Lia Ribeiro (Ercília) pelos cabelos e atacaram a Célia machucando-a também. Um sujeito gordo que é vizinho ou parente ameaçou-nos de morte. Disse que Itanhaém teria três mortes, pois ele daria um tiro na cara de cada uma de nós. Em determinado momento, eu estava sendo segurada por três deles para que a matriarca e seu marido me batessem. Ficamos inviabilizadas de fazer qualquer coisa. Foi um ataque covarde contra nós”, explica a protetora.

O celular de Célia foi quebrado após ser atirado contra um muro. O celular de uma das mulheres sumiu.

“Chamamos a polícia pelo 190, mas não apareceram. Fizemos exame de corpo de delito e boletim de ocorrência. Agora, o processo irá correr. Pelo que os vizinhos falaram, os sobrinhos dos agressores já estão presos. Agora, se acontecer algo com essa cachorra, se ela sumir, responderão sobre isso também na Justiça. Pois, já estamos entrando com processo criminal”, revelou a protetora.

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Alcione afirma que a violência sofrida não chega perto do que a cadela deve estar sofrendo, pois as protetoras não conseguiram resgatar o animal. “O que mais dói é a impotência. O caso chegou à Polícia Ambiental e estamos aguardando que a cadela seja retirada das mãos deles. Gostaríamos que outros órgãos de proteção animal nos auxiliassem nessa empreitada em defesa dos animais”, finaliza.

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