A Polícia Federal também investiga desvios de R$ 200 milhões em obras da transposição do São Francisco (Fo / Gustavo Magnusson/Fotoarena
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A construção dos canais dos eixos norte e leste da transposição do Rio São Francisco já consumiu R$ 6,5 bilhões em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) desde 2008. As obras, feitas em parte pela OAS, são investigadas em um desdobramento da Operação Lava Jato -nesta sexta (11), o presidente da construtora foi preso na Operação Vidas Secas - Sinhá Vitória, da Polícia Federal.
Atualmente, o projeto está orçado em R$ 8,2 bilhões, quase o dobro dos R$ 4,6 bilhões previstos inicialmente.
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A inauguração dos dois eixos estava programada para 2012, mas foi sendo sucessivamente adiada. O novo prazo agora é janeiro de 2017.
O adiamento é resultado de discordâncias contratuais entre governo e empresas, além de erros nos projetos básicos da obra, que originaram novas licitações.
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As obras atualmente possuem 81% de execução física, sendo que que o eixo norte tem 82,2% e o leste, 79,2%.
Neste ano, com a crise econômica e os cortes no orçamento federal, foram investidos R$ 646,3 milhões até novembro na obra -cerca de metade do R$ 1,2 bilhão previsto inicialmente.
Além dos eixos já em andamento, o governo planeja a construção de dois novos eixos: o sul, em direção ao sertão da Bahia, e o oeste, que abasteceria o Piauí.
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O rio São Francisco enfrenta atualmente uma seca histórica, além do assoreamento de suas margens com a destruição da mata ciliar.
O reservatório de Sobradinho, o maior construído no leito do rio, está com apenas 1,6% de seu volume útil e deve chegar ao "volume morto" ainda este mês.
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