Cotidiano

ANS lança aplicativo para facilitar pesquisa sobre planos de saúde

O sistema possibilita acesso a dados sobre a quantidade de procedimentos realizados por médicos, laboratórios, clínicas e hospitais conveniados a operadoras de planos de saúde

Folhapress

Publicado em 06/12/2015 às 03:00

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A ANS lançou nova ferramenta que permite a pesquisa sobre procedimentos realizados por beneficiários de planos de saúde em todo o país / Divulgação

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A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) lançou, na quarta (2), nova ferramenta denominada o D-TISS que permite a pesquisa sobre procedimentos realizados por beneficiários de planos de saúde em todo o país. O sistema possibilita acesso a dados sobre a quantidade de procedimentos realizados por médicos, laboratórios, clínicas e hospitais conveniados a operadoras de planos de saúde e a visualização dos gastos com despesas assistenciais nos hospitais de todo o país, separando por estados, sexo do beneficiário e porte da operadora. As informações são da Agência Brasil.

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A informação foi dada à Agência Brasil pela diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Martha Oliveira, que participou, no centro do Rio de Janeiro, do seminário internacional "A Organização da Prestação de Serviços e Financiamento em Saúde: perspectivas no Brasil e no mundo". O encontro reuniu instituições nacionais e internacionais que apresentaram suas experiências sobre modelos de prestação de serviços e de financiamento em saúde.

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O D-TISS já pode ser acessado a partir de duas áreas do portal da ANS: Espaço da Qualidade e Dados do Setor. Trata-se de desdobramento do Padrão TISS, com informações apresentadas em um formato de fácil acesso, disponível para o público em geral. Entre as vantagens da implantação do novo sistema, Martha Oliveira, destacou o fato de que ele vai propiciar a padronização de todas as trocas de informações e dos procedimentos em saúde suplementar no país.

"A gente vem reorganizando o setor há quase uma década. Antes cada hospital ou agente de saúde passava para a operadora a guia de forma diferenciada, sem padrão e sem que as comunicações sobre os procedimentos falassem entre si. Com a implantação do TISS [que acabou gerando o sistema D-TISS], ao longo dos últimos de 8 anos, passamos a receber, a partir do ano passado, todos os dados padronizados", disse Martha.

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Segundo ela, durante este ano a ANS passou a organizar todo o sistema para melhor ler e entender os dados fornecidos. "Pela primeira vez, vamos ter uma radiografia dos atendimento hospitalares na saúde suplementar. Tudo o que foi feito, onde e por que foi feito, em que lugar e a que custo".

Martha Oliveira ressaltou que o sistema ainda se encontra "em uma versãoteste", mas que agora, pela primeira vez, as informações estão sendo disponibilizadas de forma unificada para o setor. "Apesar de ainda ser uma versãoteste, todo mês nós vamos colocando mais procedimentos. A ideia é que ela sirva para se ter uma ideia geral do setor e acabe sendo transformada na versão final", disse.

A base de dados do aplicativo D-TISS conta também com indicadores internacionais de países que integram a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), formada por mais de 30 nações, incluindo o Brasil. "Essa é a primeira vez que planos de saúde, prestadores de serviços e consumidores têm acesso aos dados epidemiológicos e financeiros de forma detalhada em uma única área. O D-TISS é uma importante ferramenta de acesso a informações e mais um incentivo da ANS em prol da transparência de dados do setor, beneficiando a pesquisa sobre os procedimentos realizados na saúde suplementar", afirmou a diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência.

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"Com ela, é possível não só conhecer melhor o mercado de planos de saúde como também ter uma visão panorâmica do setor, permitindo comparação de dados com distribuição geográfica, algo estratégico para a saúde suplementar", concluiu. Em relação à visão financeira, as informações disponibilizadas indicam, ainda, que o D-TISS permite o acesso aos valores da despesa mínima, média e máxima dos procedimentos, com a possibilidade de geração de um gráfico produzido a partir dos dados disponíveis no sistema informação. "Os filtros por estado, faixa etária, sexo, porte da operadora e competência também poderão ser utilizados".

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