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Microcefalia: protocolo de Pernambuco será usado no mundo, diz diretora da OMS

O anúncio é da diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que esteve no Recife em visita ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira

Agência Brasil

Publicado em 24/02/2016 às 19:30

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Margareth Chan esteve no Recife nesta manhã / Associated Press

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estuda usar em outros países os protocolos implantados em Pernambuco sobre formas de cuidar de bebês nascidos com malformações neurológicas. “Nós vamos disseminar esse trabalho para que todo o mundo possa se beneficiar do excelente trabalho vindo deste país”. O anúncio é da diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que esteve no Recife nesta manhã em visita ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).

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O Imip é uma das primeiras instituições de saúde de Pernambuco a atender crianças com microcefalia e se tornou referência no estado. Durante a visita, a diretora conversou com pesquisadores e médicos pernambucanos e assistiu a uma apresentação técnica do instituto de medicina, das secretarias de Saúde Estadual e Municipal sobre as ações de combate ao Aedes aegypti e o acompanhamento das pessoas afetadas pelo vírus Zika e demais doenças transmitidas pelo mosquito.

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A diretora lembrou que a Polinésia Francesa passou por um surto semelhante em 2013 e 2014, mas que o território não identificou a relação entre o Zika e os problemas neurológicos, como a microcefalia. De acordo com ela, devido à descoberta brasileira a Polinésia Francesa “olhou para trás” e percebeu o mesmo padrão, tornando a relação entre zika e microcefalia mais evidente.

Ela também parabenizou o Brasil pelo bom trabalho e afirmou que o país não está sozinho. O mundo, segundo a diretora da OMS, vai ajudar o país a encontrar meios para combater o Aedes aegypti e o vírus Zika. “A essa altura, o controle do mosquito por vários métodos é a primeira linha de defesa. Infelizmente não temos vacina, um diagnóstico confiável e poucos meios de combater o problema.”

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Vestida com uma camisa da campanha Zika Zero, do governo federal, ela também chamou o mosquito de complicado e persistente, já que o Aedes aegypti sempre encontra meios de se adaptar e sobreviver aos métodos de combate empregados por vários países, com casos de dengue e chikungunya.

Ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, também esteve no Recife. Ele pediu unidade nacional e falou que a presença dos representantes internacionais em Pernambuco é simbólica, pois é o estado com mais notificações de microcefalia no Brasil. Atualmente são 1.601 suspeitas registradas. Desse total, 209 casos foram confirmados como microcefalia e 204 foram descartados.

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Segundo ele, 113 países convivem com o Aedes aegypti e a dengue, e que se fosse fácil acabar com o mosquito outras nações já teriam conseguido. “É uma tarefa difícil, mas não impossível. Podemos dizer isso com segurança, porque temos dezenas de municípios que resolveram controlar o mosquito e conseguiram. Se um consegue, dez podem conseguir, e milhares podem conseguir.”

De Pernambuco, a diretora-geral da OMS seguiu para o Rio de Janeiro onde, com o ministro da Saúde, visita a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do governo federal, onde pesquisadores estão desenvolvendo uma vacina contra o vírus Zika.

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